Avaliação da exposição crônica ao cloreto de mercúrio sobre o sistema cardiovascular em ratos submetidos ao infarto agudo do miocárdio

Resumo: As doenças cardiovasculares, desde a década de vinte, figuram como a principal causa de morte e incapacidade funcional no Brasil e no mundo. Dentre os diversos fatores de risco associados ao desenvolvimento do infarto do miocárdio, encontram-se comumente a hipertensão arterial, as dislipidemias, a obesidade abdominal, o diabetes, a inatividade física, o hábito de fumar e o consumo excessivo de álcool (Lanas et al., 2007; Anand et al., 2008). Além dos fatores mencionados acima, a exposição aguda e crônica a metais pesados, como o mercúrio, é capaz de exercer efeito tóxico sobre o sistema cardiovascular, podendo ser considerado um importante fator de risco para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares. Sendo assim, as consequências da toxicidade do mercúrio incluem os riscos de doença cardíaca coronariana (Barregard et al., 1990; Guallar et al., 2002), hipertensão (Machado et al., 2007), arritmias (Massaroni et al., 1995), infarto do miocárdio (Gonzalvo et at., 1997; Salonen et al., 1999), acidentes cerebrovasculares (Salonen et al., 2000; Boffetta et al., 2001), aterosclerose generalizada (Clarkson et al., 2002), disfunção renal e mortalidade. Além disso, o cloreto de mercúrio aumenta a produção de radicais livres e ativa a enzima conversora de angiotensina I (Wiggers, 2008), com aumento de Angiotensina II e aumenta a produção de colágeno intersticial. Porém, apesar de muitos trabalhos mostrarem os efeitos deletérios do mercúrio no sistema cardiovascular, seja em concentrações acima ou abaixo das preconizadas pelas agências de saúde pública, como o Ministério da Saúde, pouco se sabe da evolução de uma possível associação dessa exposição crônica a outros eventos cardiovasculares, por exemplo, o infarto agudo do miocárdio. Com isso, o presente projeto busca investigar se os efeitos deletérios da exposição crônica ao cloreto de mercúrio sobre o sistema cardiovascular podem interferir na evolução do infarto agudo do miocárdio do ponto de vista funcional e de remodelamento cardíaco em animais experimentais. Para isso, iremos avaliar as arritmias cardíacas, através da análise do eletrocardiograma de animais in vivo, antes e após a indução do infarto do miocárdio. Também serão realizados medidas direta das pressões arterial e ventriculares através da canulação da aorta e estudo da contratilidade do músculo papilar e tiras de ventrículo direito isolado, pela preparação in vitro. Através das amostras de tecido cardíaco, serão avaliadas as proteínas relacionadas ao acoplamento excitação-contração e ao stress oxidativo. Com o auxílio de técnicas histologia, serão avaliadas hipertrofia do miócito, a deposição de colágeno intersticial e a área de cicatriz de infarto.

Data de início: 02/07/2021
Prazo (meses): 36

Participantes:

Papelordem decrescente Nome
Aluno Mestrado KÉREN ALVES DE SOUZA BELLO
Coordenador AURÉLIA ARAÚJO FERNANDES
Pesquisador LEONARDO DOS SANTOS
Pesquisador DALTON VALENTIM VASSALLO
Pesquisador IVANITA STEFANON
Acesso à informação
Transparência Pública

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